O Mar Começa Aqui | Trabalhos 2021
Escola Secundária da Moita (Moita)
Memória descritiva da imagem:
Para a concretização do projeto, visto que a nossa escola se encontra localizada na zona ribeirinha da margem Sul do Tejo, apresentámos uma proposta de imagem baseada na vida aquática existente no estuário do Tejo.
O estuário do Tejo é uma extensa área de elevada diversidade biológica por constituir um corpo de água costeiro que se encontra na zona de confluência do rio com o mar, onde a salinidade se dilui gradualmente mas onde as oscilações ambientais diárias variam de forma bastante drástica. Por este motivo as espécies que aqui habitam apresentam características adaptativas muito próprias. Os estuários, incluindo os sapais, são das áreas com maior produtividade do mundo. Por serem áreas apetecíveis para a fixação das populações humanas, apresentam grande índice de pressão antropogénica, o que as torna vulneráveis, sendo necessário uma intervenção urgente e implementação de medidas de conservação.
No nosso projeto, encontram-se algumas espécies marinhas, tais como:
o cavalo-marinho (Hippocampus), é um peixe extremamente pequeno e sensível, com uma capacidade de camuflagem impressionante, está extremamente ameaçado como resultado da caça ilegal, tráfego de barcos e das alterações climáticas que trouxeram novas espécies predadoras;
a bodelha Fucus vesiculosus, é uma alga castanha muito abundante e serve de proteção e alimento a uma enorme biodiversidade de pequenos animais, tem várias utilizações para o homem, nomeadamente fins medicinais, e, vem dar à praia em alturas de marés vivas;
o peixe robalo-comum (Dicentrarchus labrax), é uma espécie que se reproduzem no mar e que entra no estuário na fase de larva ou juvenil, aí se desenvolve, ao abrigo de predadores e com excelentes condições tróficas e térmicas, até atingir um tamanho que lhe permita retornar ao ambiente marinho;
a medusa (Catostylus tagi), é a medusa mais comum em Portugal, uma espécie de grandes dimensões e com poder urticante, que se avista muito frequentemente no estuário, inclusive no nosso concelho.
a ameijoa-macha (Venerupis corrugata), que é a ameijoa autóctone do estuário do Tejo, mas que tem vindo a diminuir drasticamente, sendo substituída por uma invasora introduzida pelo homem: a ameijoa-japónica.
Com este esboço, pretendemos representar o ecossistema do estuário do Tejo, com algumas das suas espécies mais emblemáticas.
Proposta de imagem a pintar:
Memória descritiva do projeto:
Agrupamento de Escolas da Moita - Escola Secundária da Moita
Professora Coordenadora da Atividade - Dina Dias (Professora de Biologia)
Trabalho desenvolvido por seis alunos da turma 12.ºA1, com idades compreendidas entre os 17 e os 18 anos de idade: Tomás Condeço, Patrícia Gaspar, Beatriz Assunção, Catarina Graúdo, Tiago Cardoso, Gonçalo Santos.
Este projeto tem como objetivo sensibilizar a população em geral para a preservação dos ecossistemas, da sua biodiversidade, e para a não poluição dos recursos hídricos.
A ideia e a nossa motivação, originalmente, veio da atividade de estudo da biodiversidade em 1000 metros da nossa zona costeira, com limpeza da respetiva praia (entre a Moita e o Rosário), inserida no projeto Coastwatch, no âmbito do projeto de Cidadania e Desenvolvimento, da nossa turma. Recolhemos 12 sacos de cerca de 100L só numa zona de praia, balnear, aparentemente limpa. Pensámos então que teríamos de dar continuidade à ação, mobilizando outras pessoas.
Para dar início ao projeto do “Mar começa aqui”, começámos por realizar o plano de ação onde delineámos as várias etapas e acontecimentos que viriam a suceder com o decorrer do projeto, tal como a elaboração do esboço a concretizar.
De modo a planear a elaboração do esboço para o projeto, realizámos uma pesquisa bibliográfica relativamente às espécies autóctones do estuário do rio Tejo, bem como à sua importância no ecossistema, com o objetivo de encontrar aquelas que mais se adequavam ao trabalho solicitado.
Outra etapa do nosso projeto foi o estabelecimento de contacto com a Câmara Municipal da Moita. Ao contactarmos com a mesma, solicitámos os dados relativos ao mapa de rede de sarjetas do concelho da Moita e confirmámos o apoio desta para a realização do projeto, garantindo a autorização e a aquisição dos materiais necessários.
Com base na fundamentação teórica, pedimos auxílio a um aluno da nossa turma, para a elaboração do esboço, o qual se disponibilizou também para a pintura do mesmo.
Após a elaboração do esboço (que se justifica na memória descritiva do desenho) apresentámos a proposta de trabalho à professora coordenadora da atividade, tendo sido aprovado pela mesma.
Devido à sua localização, optámos por escolher duas sarjetas, uma no recinto escolar de modo a que todos os alunos, professores e funcionários possam observar e ser sensibilizados pela mesma. A outra sarjeta encontra-se no exterior da escola, com a finalidade de poder ser observada por todos aqueles que se desloquem na proximidade do estabelecimento de ensino, sendo eles alunos ou transeuntes. Esta última terá ainda a particularidade de estar junto a um ecoponto de rua, que será pintado por outro grupo de trabalho da nossa turma, ligando assim a ideia da preservação da vida marinha à correta separação dos resíduos domésticos.
Foto final para concurso, com a sarjeta pintada:
Outras fotos de execução da pintura:
Coordenadas da localização da pintura:
38.658837, -8.986301 (ver a localização no mapa)
Localização da pintura:
A pintura localiza-se junto ao portão da escola, no interior da mesma. É o local de passagem de todas as pessoas que frequentam a escola.