O Mar Começa Aqui | Pinturas das Escolas 2023/24

Escola EB 2,3 Escultor António Fernandes de Sá (Vila Nova de Gaia)

Memória descritiva da imagem:
A proposta inicial traduziu-se num novo desfio, no espaço do Eco Escola e da ABAAE. Na proposta apresentam-se os seguintes objetivos: preservação dos
ecossistemas e da biodiversidade em geral, com foco na qualidade da água doce e salgada; educar para a cidadania ativa; fomentar a criatividade dos alunos; estabelecer estratégias de colaboração entre escolas e autarquias.
Apresentada às turmas do 8ºano, implicou o estudo, a análise e a concretização dos trabalhos, que traduzissem plasticamente as vertentes, água, biodiversidade e sustentabilidade. Foram localizados quatro bueiros no espaço interior da escola e um no exterior.
Com uma metodologia processual, os alunos esboçaram, avaliaram e decidiram, com o apoio do professor, que imagem seria a adequada ao propósito. Pretende-se que as imagens projeto possam ser uma mais valia visual e pedagógica, quando assumirem a sua função no espaço para o qual foram pensadas.
A escola, estando na margem do rio Douro, identifica-se com a preocupação da autarquia na promoção dos valores que participam no processo educativo de todos os cidadãos, em especial as crianças e os jovens. As linhas da água que nos abraçam, de bueiro em bueiro, dos riachos até ao rio, revelam-se no mar. Serão aí expressão da responsabilidade individual e coletiva. Com estes trabalhos expomo-nos participando na assunção dessa expressão. Sejam linhas desafogadas de detritos, de objetos poluentes, povoadas de vida animal e vegetal que possam acrescentar qualidade de vida para todo o ecossistema.

Fotografia com a proposta de imagem a pintar:

Fotografia final para concurso, com a sarjeta pintada:

Outras fotos de execução da pintura:

Coordenadas da localização da pintura:
41.128341, -8.592006 (ver a localização no mapa)

Morada da localização da pintura:
Rua Escultor Fernandes de Sá
4430-394 Vila Nova de Gaia
ATUALIZAÇÃO DA MEMÓRIA DESCRITIVA:
O projeto foi apresentado às turmas do 8ºano (5 turmas). Os alunos foram sensibilizados para a função das sarjetas. Habituados a passar, passivamente, por estas estruturas, foi relevante a análise que fizemos, ajudando a perceber que os bueiros assumem uma importância no circuito da água.
“As sarjetas de passeio e os sumidouros desempenham um papel fundamental na captação de água, pois garantem o acesso das águas pluviais aos sistemas de drenagem. Infelizmente, essas estruturas são frequentemente alvo de deposição de resíduos, seja devido ao arraste da chuva, seja devido à ação humana, como óleos alimentares, garrafas, pontas de cigarro, entre outros.” (ABBAE)
A intervenção artística nestas estruturas atingir os objetivos definidos para o projeto:
• “Promover a compreensão da importância da preservação dos ecossistemas e da biodiversidade em geral, com foco na qualidade da água doce e salgada.
• Educar para a cidadania ativa, incentivando os jovens a transmitir a mensagem de que “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar” a toda a comunidade educativa.
• Fomentar a criatividade dos alunos, desenvolvendo competências nas áreas da expressão plástica e artística.
• Estabelecer estratégias de colaboração entre escolas e autarquias, visando a promoção da sustentabilidade.” (ABBAE).
O Processo
Foi apresentado o projeto e objetivos de aprendizagem. A conceção e realização de estudos prévios, permitiu analisar a qualidade estética e o cumprimento do propósito deste trabalho. Foram selecionados, em diálogo com os alunos, os quatro trabalhos, por turma, que melhor cumpriam a função e a estética. Durante o processo criativo, foram observadas as sarjetas, dentro da escola e na envolvente exterior. Desta observação resultou a seleção de duas destas estruturas por turma, sendo que uma delas se situa no exterior, na rua, em zona de parque automóvel. Foi selecionado o trabalho para ser desenvolvido nesta zona exterior
Iniciamos os trabalhos de desenho e pintura, contando com o envolvimento da autarquia, que forneceu tintas para o efeito. À curiosidade da comunidade escolar, que frequentemente questionava sobre os trabalhos naqueles locais específicos, os alunos perceberam a importância da aprendizagem que fizeram, para conseguirem responder às questões colocadas.
Do espanto passou-se ao conhecimento e, com este, deseja-se a mudança na atitude de cada um de nós. Aprendemos para sermos cidadãos conscientes e ativos. Percebemos que “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar”.