Memória descritiva da imagem:
O desafio “O Mar Começa Aqui” foi divulgado na segunda reunião do Conselho Eco-Escolas, que contou com a presença dos Embaixadores do Ambiente do 5.º ao 9.º ano de escolaridade, das coordenadoras do Projeto Eco-Escolas e dos outros conselheiros. No ponto da ordem de trabalhos relativo à partilha de ideias, a representante da Câmara Municipal do Seixal informou que o município já havia procedido à inscrição nos desafios “Muros com Vida” e “O Mar Começa Aqui”, sendo que a escola também poderia formalizar a sua participação. Nesta fase, foram relembrados os objetivos deste desafio, promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), no âmbito do programa Eco-Escolas:
• Promover a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas aquáticos, valorizando a qualidade da água doce e salgada;
• Incentivar a cidadania ativa, levando os alunos a transmitir a mensagem “Tudo o que cai no chão, vai parar ao mar”;
• Desenvolver competências criativas e artísticas através da expressão plástica;
• Estimular a cooperação entre escolas e autarquias na promoção da sustentabilidade.
Como é habitual, no final da reunião, as coordenadoras do Projeto Eco-Escolas solicitaram a colaboração dos embaixadores no sentido de transmitirem a informação aos diretores de turma e restantes colegas.
Neste contexto, numa das aulas de Oficina de Projeto e Cidadania e Desenvolvimento, um grupo de seis alunos da turma H, do 6.º ano, manifestou interesse em pintar um jogo no recinto escolar, com ilustrações de espécies marinhas. Inicialmente, o objetivo era proporcionar aos colegas uma forma lúdica e saudável de ocupação nos intervalos. Contudo, após a apresentação da ideia à turma, e sendo uma das alunas do grupo Embaixadora do Ambiente, os alunos tomaram conhecimento do desafio “O Mar Começa Aqui” e decidiram aliar a vertente lúdica à pedagógica. Assim, o projeto passou a incluir uma componente de sensibilização ambiental, alertando para a ligação entre os comportamentos humanos e os impactos na biodiversidade marinha — nomeadamente o facto de o lixo deixado no chão poder ser transportado pelas sarjetas até ao mar, poluindo as águas, afetando inúmeras espécies e contribuindo para a presença de microplásticos que entram na cadeia alimentar, prejudicando tanto a fauna marinha quanto a saúde humana.
Foi solicitada autorização à Direção da escola para a pintura do espaço, bem como a colaboração dos encarregados de educação, uma vez que o trabalho seria desenvolvido em contraturno. O projeto contou ainda com o apoio do Clube de Expressões, sob a coordenação da professora Glória Martins, e com a colaboração da Câmara Municipal do Seixal, que forneceu os materiais de pintura.
Ao longo do ano letivo, sempre que as condições meteorológicas o permitiram, os alunos reuniram-se semanalmente para dar forma ao seu projeto. Começaram por delinear, com giz, os contornos das diferentes formas de vida marinha. Em seguida, pintaram as figuras com tintas (fornecidas pela autarquia) e pincéis. Durante a secagem, as áreas pintadas foram protegidas com fita sinalizadora, para evitar o seu pisoteio.
A pintura foi concluída na penúltima semana de aulas. Para assinalar o momento, os alunos dinamizaram a atividade no recreio, convidando vários elementos da comunidade educativa a participar no jogo e oferecendo certificados simbólicos de participação.
Este projeto revelou o poder da criatividade, da iniciativa e do compromisso cívico dos alunos, evidenciando como a escola pode ser um espaço de ação concreta em prol da sustentabilidade e da proteção dos oceanos, bem como da articulação eficaz entre o Projeto Eco-Escolas, o Clube de Expressões e a Câmara Municipal do Seixal.

Fotografia com a proposta de imagem a pintar: