Enquadramento

Após a ocorrência de fenómenos de precipitação, o percurso das águas pluviais, é inicialmente feito à superfície nas áreas impermeáveis, como por exemplo, telhados, pátios e valetas de arruamentos, mas é rapidamente conduzida para os coletores instalados subterraneamente, através das sarjetas e sumidouros, onde flui até ser devolvida aos cursos naturais de água, lagos, lagoas, baías ou no mar.

As sarjetas de passeio[1] e sumidouros[2] são importantes dispositivos de entrada de fluxos de água, dado que garantem o acesso das águas pluviais às redes de drenagem, contudo, são frequentemente objeto de deposição de resíduos, quer decorrentes do arrastamento das águas da chuva, quer decorrentes da atividade humana, como óleos alimentares, garrafas, beatas, entre outros.

Compete às autarquias não só assegurar a provisão do serviço de gestão de resíduos urbanos no seu território, garantindo a limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros à superfície, mas também alertar e sensibilizar a população em geral e para a comunidade escolar em particular, para as consequências, quer nos ecossistemas terrestres, quer nos ecossistemas marinhos, da incorreta deposição dos resíduos.

É neste contexto que a ABAE lança o desafio “O mar começa aqui” a todas as escolas e autarquias do país.

[1] as sarjetas de passeio são dispositivos sempre associados a um lancil do passeio, com entrada lateral de caudal.
[2] os sumidouros são considerados dispositivos que podem estar associados a um lancil ou a uma valeta, cuja entrada de caudal é feita superiormente, através de grade.

Metodologia

Na concretização do projeto, as escolas, deverão utilizar as estratégias que considerem mais adequadas. O principal objetivo será sempre envolver os alunos desde a fase de apresentação de propostas, até á pintura e ao momento da divulgação e partilha.  Desta forma sugerem-se as seguintes atividades:

• Investigar o ciclo da água e o ciclo urbano da água, bem como a função, funcionamento, rede e localização das sarjetas e sumidouros existentes no bairro/freguesia onde se localiza a escola.
• Debater e investigar acerca das origens do lixo marinho e soluções para que os resíduos não acabem no mar.
  Complementarmente, deverão ser discutidos os temas como o tempo de degradação dos resíduos, a contaminação das linhas de água, a rede hidrográfica, a poluição marinha, o impacto da poluição das águas doces e salgadas nos diversos ecossistemas.
• Incentivar o aparecimento de diversas propostas para a imagem a pintar na sarjeta
• Desenvolver internamente o processo de seleção participada de uma imagem (por exemplo através de concurso interno), que represente a escola no concurso nacional;
• Submeter a imagem para aprovação do júri e do município (Fase 1 do Regulamento do Concurso)
• Solicitar ao município as tintas e os stencils com os logotipos a desenhar no projeto;
• Realizar as pinturas, em articulação com a autarquia e com a participação dos alunos;
• Divulgar do projeto na escola e comunidade utilizando todos os meios disponíveis;
• Enviar os elementos solicitados para os Concursos Nacional e Regionais

Características da imagem a pintar

• A proposta de imagem a pintar na sarjeta/sumidouro deve incluir a representação de ecossistemas e espécies marinhas autóctones.
• A proposta de imagem deverá ser digitalizada e submetida na plataforma Eco-Escolas.
• As cores utilizadas ficam ao critério da escola.
• A dimensão da imagem deve ter em consideração o tamanho da sarjeta/sumidouro. O protótipo de imagem enviada deve incluir a relação entre a pintura e a sarjeta/sumidouro (escala).
• Deverá conter a frase “O mar começa aqui” e integrar os logótipos do projeto e do Eco-Escolas(fornecidos pela ABAAE). Caso a escola se queira candidatar aos concursos regionais devem também colocar os logótipos dos parceiros deste projeto (Águas do Algarve, Águas do Centro Litoral, Águas do Tejo Atlântico, Ocean Winds). Caso queiram, poderão também integrar outros logótipos/assinaturas (exemplo: do município ou escola).

Acesso a formação

As entidades parceiras disponibilizam, mediante comunicação direta, formações que podem incluir visitas a ETAR’s e atividades de educação ambiental. Estas formações, organizadas e executadas pelas entidades parceiras, oferecem uma oportunidade única para as escolas ou equipas do município enriquecerem o seu conhecimento sobre sustentabilidade e preservação dos recursos hídricos.

Saber mais

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